Autor: Izabela Orzari
Data: Dezembro de 2018
Palavras-chave: ibuprofeno; luminosidade; planta daninha, Raphanus raphanistrum L..
As plantas emitem sinais a fim de acionar respostas de defesa ao
estresse sofrido pela baixa radiação solar (sombreamento), que pode ser
causado pela presença de outras plantas. O fitormônio ácido jasmônico (AJ)
pode fazer parte das respostas das plantas ao sombreamento. Os objetivos
deste trabalho foram avaliar a participação do AJ nas respostas do tomateiro
(Solanum lycopersicum L.), híbrido Heinz 9553, ao sombreamento artificial e à
competição com a planta daninha Raphanus raphanistrum L. O primeiro
experimento foi realizado em duas épocas do ano (outono-inverno e primavera-verão).
O tomateiro foi cultivado sob sombreamento artificial (sombrite) e luz
natural (ambiente sem cobertura), e aplicou-se metil-jasmonato (MeJA – 0;
0,15; 0,25 e 0,50 mM) e ibuprofeno (IBU – 0; 1,25; 2,5 e 5,0 mM) aos 7, 14, 21
e 28 dias após o transplante das mudas. Observou-se que a condição luminosa
teve maior efeito nas respostas apresentadas pelas plantas do que o MeJA e o
IBU, independente da concentração aplicada. Os efeitos nas análises
bioquímicas foram mais pronunciados, mas não houve diferenças nas análises
de crescimento. O segundo experimento consistiu em manter o tomateiro
H9553 sob sombreamento promovido pela planta daninha R. raphanistrum L.
(nabiça). Estudou-se a competição sob diferentes densidades da planta
daninha (0, 11, 16 e 22 plantas m-2), sendo aplicado o MeJA (0,50 mM) no
tomateiro. Os resultados mostraram que em condições de alto nível de
sombreamento, o aumento da quantidade de AJ não interferiu no
desenvolvimento das plantas e não afetou a produtividade, porém o maior
efeito sobre a cultura foi devido à baixa luminosidade. Assim, de modo geral,
pode-se concluir que o acúmulo de AJ está envolvido com condições de baixa
relação V:VD, como o sombreamento, mas seus efeitos na planta em
decorrência desta condição não são acentuados. Contudo, novos estudos
precisam ser realizados em plantas não-modelos para avaliar mais a fundo a
participação do AJ em plantas sombreadas.