Autor: Viviane Cristina Vieira
Data: Julho de 2007
Palavras-chave: gene psbA, planta daninha, RAPD, seqüênciamento, triazina.
As plantas daninhas da família Poaceae são as principais plantas
que infestam a cultura de cana-de-açúcar. As espécies de gramíneas conhecidas por
capim-colchão, estão entre as de maior ocorrência nas lavouras de cana-de-açúcar no
Brasil. Atualmente o uso do controle químico está sendo o mais empregado para
controle de Digitaria, porém há alguns relatos de falha no controle, principalmente com
referência a herbicidas pertencentes ao grupo das triazinas, que bloqueiam a cadeia
fotossintética, no fotossistema II. As técnicas moleculares estão sendo bem
recomendadas para análise da diversidade genética em plantas daninhas. Para a
caracterização molecular vinte iniciadores foram utilizados para o RAPD e, para o PCRRFLP utilizou-se de dois iniciadores específicos P1 e P2 e a enzima de restrição MaeI.
O sequenciamento foi realizado com o amplicom produzido com os iniciadores P1 e P2.
Para o tratamento químico utilizou-se a ametrina. Com isso, esse trabalho teve como
objetivos: caracterizar dez acessos de Digitaria spp. por marcadores RAPD e PCRRFLP, sequenciar uma região conservada do gene psbA e verificar possíveis
associações entre o polimorfismo desse gene e a resposta fenotípica à ametrina. Pela
análise molecular não houve variabilidade genética entre os acessos e todos
apresentaram a mesma resposta fenotípica ao herbicida utilizado. Com esses
resultados, concluiu-se que o capim-colchão dos dez acessos estudados pertence à
espécie Digitaria nuda e não foi observada relação entre a ocorrência de polimorfismo e
a suscetibilidade à ametrina, provavelmente porque todos os acessos estudados foram
controlados na dose recomendada do herbicida.