Produção Científica // TCC

LATOSSOLO VERMELHO E SUA INTERAÇÃO COM A PALHADA E PRECIPITAÇÃO PLUVIAL NA LIXIVIAÇÃO DO PIROXASULFONA

TCC

Autor: Vitor Adriano Benedito
Data: Fevereiro de 2023
Palavras-chave: Herbicida, Comportamento, Matologia, Percolação.

Resumo:

O solo é o destino final dos herbicidas. Portanto, é de grande importância compreender o comportamento dos herbicidas no solo, relacionando-o com as sua características fisico-quimicas, presença de palha em cobertura e precipitações pluviais para alcançar um posicionamento eficiente no manejo de plantas daninhas. Visto isso, objetivou-se verificar se o piroxasulfona apresenta percolação diferenciada em função da quantidade de palhada e precipitação pluvial em Latossolo Vermelho e seus reflexos na microbiota do solo. Para tanto, foram preenchidos tubos de PVC com Latossolo Vermelho. Estes foram umedecidos até 65? sua capacidade de saturação e realizada a deposição da palha de cana sobre a superfície exposta dos tubos em quantidades equivalentes a 0, 5, 10 t/ha, realizando, em seguida, a aplicação do piroxasulfona na dose de 200 mL p.c./ha. Decorridas 24 horas após a aplicação, foram feitas as simulações de chuvas em quantidades equivalentes a 10, 20 e 40 mm. Após 72 horas as palhas foram retiradas da superfície das colunas e os tubos colocados na posição horizontal e abertos longitudinalmente, onde foi realizada a semeadura do sorgo em intervalos de 1 cm. Para este experimento utilizou-se DIC, com os tratamentos dispostos em esquema fatorial 4x3+T, em 4 repetições, no qual constituíram os fatores as quatro quantidades de palha de cana-de-açúcar submetidas a três simulações de chuva com uma testemunha absoluta. Diariamente após a aplicação, até a estabilização da emergência da planta indicadora, foi realizada a contagem das plântulas emergidas. Ao final desse período, foram atribuídas notas visuais de fitotoxicidade EWRC (1964). Foram realizadas medições de altura e pesagem da massa seca da parte aérea. As raízes também foram lavadas para obtenção de massa seca. E as plantas remanescentes foram cortadas rentes à superfície do solo (a cada 5 cm), ensacadas, identificadas e colocadas para secar em uma estufa a 60ºC por 96 horas, para determinação a massa seca. Concluiu-se que nos tratamentos onde foi realizada a aplicação do piroxasulfona, as simulações de 20 mm de chuva foram as mais eficientes na redução da parte aérea das plântulas bioindicadoras, quando comparadas com 10 e 40 mm. Que a aplicação do herbicida pyroxasulfone foi significativa para a comunidade microbiológica e na atividade enzimática e que a redução da massa seca da raiz foi crescente conforme o aumento da quantidade de chuva simulada.