Autor: Arthur Arrobas Martins Barroso, Neriane Hijano, Pedro Luis da Costa Aguiar Alves
Data: Novembro de 2017
Palavras-chave: Amaranthus palmeri, Chloris polydactyla, Conyza spp., Digitaria insularis, Eleusine indica, Lolium multiflorum.
Plantas daninhas interferem em cultivos agrícolas e reduzem a quantidade e a qualidade da produção. O controle de plantas daninhas em sua maioria é feito pelo uso de herbicidas, principalmente pelo uso do glyphosate. Porém, o uso exclusivo e repetitivo desse herbicida trouxe, ao longo dos últimos anos, a seleção de plantas daninhas resistentes. No Brasil, até 2017, foram identificadas oito espécies que apresentam resistência ao glyphosate, sendo cinco gramíneas e três asteráceas. Conhecer a biologia dessas plantas favorece a adoção de um manejo integrado da resistência. A maioria dessas espécies resistentes apresenta fisiologia do tipo C4, permitindo elevadas taxas fotossintéticas das plantas em condições ambientais comumente encontradas no Brasil, o que favorece seu desenvolvimento. Plantas de caruru apresentam elevado crescimento inicial, podendo crescer até 2 cm ao dia. Plantas de capim-pé-de-galinha também apresentam desenvolvimento inicial rápido. Esse crescimento direciona o controle químico das plantas, que é recomendado em estágios iniciais de controle. Ainda, plantas daninhas resistentes podem apresentar crescimento e desenvolvimento diferenciados das plantas suscetíveis da mesma espécie. Algumas espécies apresentam reprodução apenas seminífera, enquanto outras possuem mais de um tipo de reprodução, como o capim-amargoso, que se reproduz via sementes e por rizomas. Diversas outras diferenças podem ser levadas em conta no manejo dessas plantas, que serão aqui apresentadas e discutidas.